Pensamento.
Eu penso
E minto.
Mental
E sentimental
Eu sinto... muito
Mas o pressentimento
É de que sou pestilento
Tenho a peste
Sou a mênade
E minha meta optata
É a beira que dilata
Cujo beijo
É metade chocolate
E metade menta.
sábado, 24 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Canse em Paz
Sempre conjuguei a solução em um futuro mais próximo. No começo era a esperança. Mas foi com a desculpa de que amanhã o sol brilhará mais, e ano que vem as coisas mudarão, ou que da próxima vez tudo dará certo, que eu encaixotei passados inacabados e deformados.
Mas a verdade é que toda minha vida está se transformando num depósito de belas metades póstumas.
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
A Queda De Um Serafim
Qual das minhas verdades é a verdade?
Quantas das meias verdades não passam de vaidade?
Eu tão jovem não pensei que enlouqueceria
Mas no vão do amor, sempre soube que me perderia...
Mas não passa a loucura
De uma podre fruta
Adoçada a beijos sob uma vinha
Amargada à solidão a se vingar
Esfomeado das palavras que, pra ti, não têm mais sentido,
O vício as repete a cada dia, na mente que parece latir.
Farta das parvoíces mais doces, mas que não saciam,
A virtude me leva à próxima lata de lixo em um siar...
Quantas das meias verdades não passam de vaidade?
Eu tão jovem não pensei que enlouqueceria
Mas no vão do amor, sempre soube que me perderia...
Mas não passa a loucura
De uma podre fruta
Adoçada a beijos sob uma vinha
Amargada à solidão a se vingar
Esfomeado das palavras que, pra ti, não têm mais sentido,
O vício as repete a cada dia, na mente que parece latir.
Farta das parvoíces mais doces, mas que não saciam,
A virtude me leva à próxima lata de lixo em um siar...
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Horóscopo
Ele acordou, abriu a janela e respirou fundo. A chuva estava chegando. No banheiro, esboçou um sorriso ao espelho. Preparou seu café, e enquanto se deliciava com o aroma, abriu o jornal. Pensando em seu futuro, leu o horóscopo:
Pra você, leão, hoje todos os sonhos, desenhos e sorrisos estão enterrados vivos; tome mais cuidado ao desalinhar os planetas, pois mesmo que você não tenha qualquer controle sobre algumas coisas, a culpa será sua.
Fechou o jornal, tomou um gole de café quente, pensou e decidiu sair sem guarda-chuva.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Autofagia
São as consequências de trazer à consciência
E comprazer a fome de meus defeitos
Constrito a desconstruir a própria putrecência
Para carnifazer e comer o próprio peito
E comprazer a fome de meus defeitos
Constrito a desconstruir a própria putrecência
Para carnifazer e comer o próprio peito
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
Convite para velório
Não há esperança no mundo,
Eu sinto muito.
E de tão imundo, eu já não minto.
Pois as verdades são sujas
As minhas e as suas
E as respostas sempre longe
Não estão nestas portas
Afinal o dente é bem mais duro
E a mordida bem mais perto
Pois a vontade não está em outro porto
A verdade é que o futuro sempre esteve morto
Eu sinto muito.
E de tão imundo, eu já não minto.
Pois as verdades são sujas
As minhas e as suas
E as respostas sempre longe
Não estão nestas portas
Afinal o dente é bem mais duro
E a mordida bem mais perto
Pois a vontade não está em outro porto
A verdade é que o futuro sempre esteve morto
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Prove agora o seu veneno
Por favor, prove um pouco da minha solidão,
Tente amar alguém que não se importa.
Sente-se comigo e provoque qualquer solução,
Pro caminho que te acolhe e depois te aborta.
Sinta-se como eu sempre me senti ao seu lado
E veja em nosso abraço o tamanho da desproporção
A cegueira do seu coração com caminhos selados
Que se afoga tentando se salvar da sua própria ação.
Eu mostro uma última vez, a última chance.
Te ofereço todo o pouco que me resta
Pra ter sua gratidão ao meu alcance
Sim, sinta raiva. Não sinta qualquer culpa
É unicamente um espelho do que não presta.
Mate-me, pois você é o sacrifício do próprio culto.
Tente amar alguém que não se importa.
Sente-se comigo e provoque qualquer solução,
Pro caminho que te acolhe e depois te aborta.
Sinta-se como eu sempre me senti ao seu lado
E veja em nosso abraço o tamanho da desproporção
A cegueira do seu coração com caminhos selados
Que se afoga tentando se salvar da sua própria ação.
Eu mostro uma última vez, a última chance.
Te ofereço todo o pouco que me resta
Pra ter sua gratidão ao meu alcance
Sim, sinta raiva. Não sinta qualquer culpa
É unicamente um espelho do que não presta.
Mate-me, pois você é o sacrifício do próprio culto.
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Eclipse
Quando perto, brilham impetuosamente
Deleitam-se de todo pólen, afásicos
Em seus peitos algo briga impiedosamente
Deitam-se. Mas não podem tangir. Afastados
São filhos bipáridos de um mesmo amor
E afastam-se, polutos dos mesmos ares
Breve voltarão no ciclo de um astro morto
Mas hoje um odeia e outro ama. Bipolares
Deleitam-se de todo pólen, afásicos
Em seus peitos algo briga impiedosamente
Deitam-se. Mas não podem tangir. Afastados
São filhos bipáridos de um mesmo amor
E afastam-se, polutos dos mesmos ares
Breve voltarão no ciclo de um astro morto
Mas hoje um odeia e outro ama. Bipolares
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Encruzilhada
Nosso encontro foi a intersecção
Entre o meu caminho e o seu
Ficará o rastro de uma ficção:
Algo que você não foi pra mim
E Algo que eu só pareci pra você
E foi sempre passado
Quando nasceu, viveu, e amou
Pra mim, mais farsa do que eu queria
Pra você, mais verdadeiro que deveria
Assim adoeceu e morreu, mas amou
Entre o meu caminho e o seu
Ficará o rastro de uma ficção:
Algo que você não foi pra mim
E Algo que eu só pareci pra você
E foi sempre passado
Quando nasceu, viveu, e amou
Pra mim, mais farsa do que eu queria
Pra você, mais verdadeiro que deveria
Assim adoeceu e morreu, mas amou
domingo, 20 de novembro de 2011
Descuidado
Eu olho para ela. Olho sem medo.
Eu a sigo, obsessivo.
Por aquela rua. Por seus olhos
Nutrindo minha semente
Que me faz sempre culpado
Eu a observo, sem cuidado
Eu a sigo, obsessivo.
Por aquela rua. Por seus olhos
Nutrindo minha semente
Que me faz sempre culpado
Eu a observo, sem cuidado
Vestígios de Sangue
Uma presença ausente
Tropeçando em meus pulsar,
Pelo perfume que se sente
De uma tarde sem acabar...
Ainda morno, o ar pensante,
É um quadro de pétalas a voar;
Puro e ao sabor de sangue.
São vestígios que fazem suspirar
Agora olhar, sem saber para onde!
Nos rios congelados implorando borbulhar
Livremente, quentes, até a fonte
Da magia que faz o tempo parar...
Tropeçando em meus pulsar,
Pelo perfume que se sente
De uma tarde sem acabar...
Ainda morno, o ar pensante,
É um quadro de pétalas a voar;
Puro e ao sabor de sangue.
São vestígios que fazem suspirar
Agora olhar, sem saber para onde!
Nos rios congelados implorando borbulhar
Livremente, quentes, até a fonte
Da magia que faz o tempo parar...
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Ferro em Brasa e Gelo
Eu digo. Calado.
Todo dia, ao seu lado.
Sou o troglodita no calabouço.
Eu te abraço com as mãos no bolso
Com a brasa no aço e com a asa no pouso.
Assoberbado pelo aglomerado de tão pouco
Tão pouco caso
Tampouco eu canso
De tanto tenso espaço
Enquanto você só escapa
E de tão quente, eu esqueço
Pois deitado contigo me aqueço
Ainda contido no seu frio espesso
Mas contente com o deleite fronteiriço.
Todo dia, ao seu lado.
Sou o troglodita no calabouço.
Eu te abraço com as mãos no bolso
Com a brasa no aço e com a asa no pouso.
Assoberbado pelo aglomerado de tão pouco
Tão pouco caso
Tampouco eu canso
De tanto tenso espaço
Enquanto você só escapa
E de tão quente, eu esqueço
Pois deitado contigo me aqueço
Ainda contido no seu frio espesso
Mas contente com o deleite fronteiriço.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
11
"Por um tratado e um triz temos uma era
Se a lua comer e vomitar a si mesma, noite a noite"
Dedicado a uma das pessoas mais especiais da minha vida. E hoje a lua está cheia de novo. Vejo-te em breve, pra cumprir nosso trato.
Se a lua comer e vomitar a si mesma, noite a noite"
Dedicado a uma das pessoas mais especiais da minha vida. E hoje a lua está cheia de novo. Vejo-te em breve, pra cumprir nosso trato.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
Nada Aconteceu
Meu coração ainda admira
Cada uma de suas mentiras
Que sempre fingem me proteger
Mas apenas querem te esconder.
E a cada segundo eu tento roubar
Palavras de amor que você não quer dizer,
E abraços de carniça que vão me matar
Mas isso é tudo que me faz querer viver.
Cada uma de suas mentiras
Que sempre fingem me proteger
Mas apenas querem te esconder.
E a cada segundo eu tento roubar
Palavras de amor que você não quer dizer,
E abraços de carniça que vão me matar
Mas isso é tudo que me faz querer viver.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Perecendo
A aparência é apenas uma parede...
Tentei transparecer.
Transpareci, transpareci,
Até que, enfim, desapareci
Tentei transparecer.
Transpareci, transpareci,
Até que, enfim, desapareci
E Quanto a Mim?
Doentio!
O nojo do sangue frio,
Está nos entes e membros
Em cada orgão, desde o âmago vadio
Até os dentes em um ângulo crescente
Um sorriso em ordem, mas embromado.
Desonesto!
Sou comigo mesmo
Uma mentira sem freio
Sou, e detesto, sempre mesto.
O soro dos olhos sendo derramado
Lentamente, frendendo, bramando...
Desisto...
De tudo isto.
Blefei, traí, enquanto amei.
No silêncio de mais um desastre.
E quanto a mim?
Desiludido.
Planto meu cadáver.
Essa flor que nunca brotará
Estafada de solos sem caráter.
Estive sozinho enquanto a amei...
Mas e quanto a mim?
O nojo do sangue frio,
Está nos entes e membros
Em cada orgão, desde o âmago vadio
Até os dentes em um ângulo crescente
Um sorriso em ordem, mas embromado.
Desonesto!
Sou comigo mesmo
Uma mentira sem freio
Sou, e detesto, sempre mesto.
O soro dos olhos sendo derramado
Lentamente, frendendo, bramando...
Desisto...
De tudo isto.
Blefei, traí, enquanto amei.
No silêncio de mais um desastre.
E quanto a mim?
Desiludido.
Planto meu cadáver.
Essa flor que nunca brotará
Estafada de solos sem caráter.
Estive sozinho enquanto a amei...
Mas e quanto a mim?
domingo, 30 de outubro de 2011
Página em Branco
Mais uma noite acordado
Com a corda no pescoço.
Eu esboço mais uma nota
De um grande esforço:
Que um dia livrará
Meu franco amor
De mais uma morte:
Do fraco na forca,
O feito do forte,
A alvorada do perdoado.
Uma parte do livro
No pêndulo do feitio
Que é devorada
Pelo vazio:
"O Capítulo do Silêncio"
É assim que eu chamo
A página em branco
Na qual que digo que te amo.
Com a corda no pescoço.
Eu esboço mais uma nota
De um grande esforço:
Que um dia livrará
Meu franco amor
De mais uma morte:
Do fraco na forca,
O feito do forte,
A alvorada do perdoado.
Uma parte do livro
No pêndulo do feitio
Que é devorada
Pelo vazio:
"O Capítulo do Silêncio"
É assim que eu chamo
A página em branco
Na qual que digo que te amo.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Quebre
Antitética
A rima poética
A rima poética
Gramática e estética
Eruditização
A fala da cética
O discurso de dialética
Se horroriza, é feia e esquelética,
Quebre.
domingo, 23 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A outra respiração
E agora ouvia seu coração. O meu não. Mas é só, então. Pois assim como ela dormia, eu, acordado, apenas sonhava.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Um pássaro que não voa
Onírico e tédio se misturam,
Meus olhos não fecham,
Mas estou num nível médio e turvo
Onde o óbvio se afrouxa.
Sua invisível imagem se aproxima,
Graciosamente evanesce.
Cai o véu do mundo, prostíbulo.
A socrática mente envaidece.
Despeça-se com um beijo ao menos
Antes de despedaçar o mundo que vejo.
Seja o antídoto destes venenos obscenos!
Ceife minhas asas em seu primeiro voejo!
Meus olhos não fecham,
Mas estou num nível médio e turvo
Onde o óbvio se afrouxa.
Sua invisível imagem se aproxima,
Graciosamente evanesce.
Cai o véu do mundo, prostíbulo.
A socrática mente envaidece.
Despeça-se com um beijo ao menos
Antes de despedaçar o mundo que vejo.
Seja o antídoto destes venenos obscenos!
Ceife minhas asas em seu primeiro voejo!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Definitivo
É um limite que não se desfaz
Nem também se defende.
Me faz e determina fugaz.
É a fuga destes defeitos.
Sempre às beiras, de maneira
que eu não prove nem suporte.
Serpea minha alma inteira,
Foge e me deixa com fome,
A morte...
Nem também se defende.
Me faz e determina fugaz.
É a fuga destes defeitos.
Sempre às beiras, de maneira
que eu não prove nem suporte.
Serpea minha alma inteira,
Foge e me deixa com fome,
A morte...
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
feito com amor
se eu fosse alguém
desenharia uma história colorida
onde estaríamos eu e você
desenhando nossas vidas
perdendo o tempo como crianças
rindo da cara um do outro
e fodassilizando nossas impressões
se algo na vida tivesse sentido
fosse isso
fosse um desenho grande num papel gigante
donde estaríamos desenhando uma história colorida
onde leríamos a nós dois e contaríamos histórias
onde rabiscos nada mais fossem
do que rabiscos
for little old bode
Desabraço
Envolve, embrulha, acaricia,
Mas dissolve, farfalha
E enfim diferencia.
Entoando sussurros
Que, sem falha,
Sucintos e sorrateiros,
Eternamente soarão
Como uma costura,
À minha postura
No escuro.
Mas dissolve, farfalha
E enfim diferencia.
Entoando sussurros
Que, sem falha,
Sucintos e sorrateiros,
Eternamente soarão
Como uma costura,
À minha postura
No escuro.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
não pergunte para mim
tudo o que houver de ruim será assimilado
todo o feio, o errado, o torto, os azares
tudo o que causar nojo ou repulsa
será tomado como inspiração
naquilo que a perversão se debruçar
seremos fiéis seguidores, semeando o horror
em tudo o que o caos molhar o dedo,
aí, meu caro, teremos deleite
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Beijo
Sua sede,
Sucessiva, quase suave
Sê... Repete.
Repele, mas volta.
Envolve, engole.
Morde, mora
Vai embora,
Pelas beiras
De um beijo...
Incessante, insaciável.
Sucessiva, quase suave
Sê... Repete.
Repele, mas volta.
Envolve, engole.
Morde, mora
Vai embora,
Pelas beiras
De um beijo...
Incessante, insaciável.
domingo, 2 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Você errou... Amigo.
Eu nunca te falaria.
Mil vezes falar sozinho,
com uma ou duas garrafas,
como faço agora.
Mas não, eu nunca confessaria.
Eu nunca extrapolaria
o limiar da egolatria.
Nunca suportaria
Ser uma semente definhada.
Mas o que então eu já sou?
Uma causa findada?
Eu prefiro deixar pistas
Encontre-me na sarjeta.
Enquanto mais à esquerda
Um coração agoniza
De fato não és uma antiga amizade
Nem a linfática cantiga de sinceridade
Mas sim o que causa essa saudade
É de pouca idade, essa sensibilidade
Mil vezes falar sozinho,
com uma ou duas garrafas,
como faço agora.
Mas não, eu nunca confessaria.
Eu nunca extrapolaria
o limiar da egolatria.
Nunca suportaria
Ser uma semente definhada.
Mas o que então eu já sou?
Uma causa findada?
Eu prefiro deixar pistas
Encontre-me na sarjeta.
Enquanto mais à esquerda
Um coração agoniza
De fato não és uma antiga amizade
Nem a linfática cantiga de sinceridade
Mas sim o que causa essa saudade
É de pouca idade, essa sensibilidade
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Natureza Morta
Como se de minhas mãos brotassem flores
As abelhas vinham a mim se alimentar
Bailando no ar em sintônia de amores.
E de tanto que vi, quis a mim mesmo abraçar
Sem perceber a sinfônia de horrores,
E das flores, os espinhos a me arranhar
E não abelhas, mas moscas tinham-me a sabores
As abelhas vinham a mim se alimentar
Bailando no ar em sintônia de amores.
E de tanto que vi, quis a mim mesmo abraçar
Sem perceber a sinfônia de horrores,
E das flores, os espinhos a me arranhar
E não abelhas, mas moscas tinham-me a sabores
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Re.Mover
Um mísero dia ausente. Não mais que todo o tempo até agora. Mas é o suficiente.
O que ela fez? O que fez com meu dia, procurando-a em acasos, em destinos sem vez?
O que ela fez? O que fez com meu dia, procurando-a em acasos, em destinos sem vez?
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
De Hades Para Perséfone
Dos famintos e doces lábios
Escorre o sangue ao queixo
Da semente como um beijo
Suavemente amaldiçoada
Sem pressa nos dedos
Que escapam da boca
Sem nem notar o medo
E roubando o rubro selo
Um gesto à alma rouba...
Sê meu riso, sorrindo comigo.
Provaste seis entre mil
Das doces sementes da romã
Sê meu choro, sem teu colo.
Castiga-me, só, ao inferno.
Ao inverno que à pele corta
Dá à alma um calor incerto,
De te ter por perto...
Escorre o sangue ao queixo
Da semente como um beijo
Suavemente amaldiçoada
Sem pressa nos dedos
Que escapam da boca
Sem nem notar o medo
E roubando o rubro selo
Um gesto à alma rouba...
Sê meu riso, sorrindo comigo.
Provaste seis entre mil
Das doces sementes da romã
Sê meu choro, sem teu colo.
Castiga-me, só, ao inferno.
Ao inverno que à pele corta
Dá à alma um calor incerto,
De te ter por perto...
domingo, 25 de setembro de 2011
Um Pacto E Uma Lua
Ao passo que a lua nada nua
Em um imenso mar suspenso
O coração ri ao ritmo do pêndulo
Quando num vôo eu vou a tua rua
Em um passo ultrapasso tua porta
Feito um sonho, talvez demônio
E zelo a ti, nem adormecida nem morta
E de fato ao teu lado me faço atônito
Um suspiro inspira as mariposas
Que dobram, sopram e ruflam
E desposamos onde a lua posa
Grandiosa e graciosa, noite a noite
Emana luz que a faz uma herma
E aos seus pés nós pecamos esta noite.
Por um tratado e um triz temos uma era
Se a lua comer e vomitar a si mesma, noite a noite.
Em um imenso mar suspenso
O coração ri ao ritmo do pêndulo
Quando num vôo eu vou a tua rua
Em um passo ultrapasso tua porta
Feito um sonho, talvez demônio
E zelo a ti, nem adormecida nem morta
E de fato ao teu lado me faço atônito
Um suspiro inspira as mariposas
Que dobram, sopram e ruflam
E desposamos onde a lua posa
Grandiosa e graciosa, noite a noite
Emana luz que a faz uma herma
E aos seus pés nós pecamos esta noite.
Por um tratado e um triz temos uma era
Se a lua comer e vomitar a si mesma, noite a noite.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
A Satisfação De Um Cético
É tão tolo meu ser...
Que na própria razão
Precisa crer
E no pulso confiar
Pra não morrer...
Sufocado com o ar
Do coração, e das juras,
Que são certas demais
Até nas suas loucuras.
Eu só preciso de mais
Crer das palavras puras
Que são doces muito mais
Mais que a língua procura
Eu sempre preciso de mais...
Que na própria razão
Precisa crer
E no pulso confiar
Pra não morrer...
Sufocado com o ar
Do coração, e das juras,
Que são certas demais
Até nas suas loucuras.
Eu só preciso de mais
Crer das palavras puras
Que são doces muito mais
Mais que a língua procura
Eu sempre preciso de mais...
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Esthrelas Cadentes
Eu arranco com todas as forças
Os meus pés do chão
Como uma raiz colhida sem remorso
Mas a questão:
Asas não sei calçar...
E não quero entretê-las, quero tê-las,
Mas às estrelas não vou alcançar.
Nem em mil saltos...
Esperar sempre resta
Aquelas finas arestas
Caírem do alto.
Os meus pés do chão
Como uma raiz colhida sem remorso
Mas a questão:
Asas não sei calçar...
E não quero entretê-las, quero tê-las,
Mas às estrelas não vou alcançar.
Nem em mil saltos...
Esperar sempre resta
Aquelas finas arestas
Caírem do alto.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Envolvimento
E a Cidade que já não tem personalidade, agora cultua o não envolvimento, o não-estilo.
O Desenvolvimento é jogar no azilo uma cultura de terceira idade.
A reprodução não é mais biológica, é o conhecimento que se propaga.
Não por uma causa mágica, nem procriação.
É apenas o aumento de um novo preço que se paga, nobre praga: O equilíbrio instável
A insustentável forma da evolução.
O instinto artificial.
O Desenvolvimento é jogar no azilo uma cultura de terceira idade.
A reprodução não é mais biológica, é o conhecimento que se propaga.
Não por uma causa mágica, nem procriação.
É apenas o aumento de um novo preço que se paga, nobre praga: O equilíbrio instável
A insustentável forma da evolução.
O instinto artificial.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Se ao menos ela fosse curiosa
Ela sorri, move... A mim, e comove aquém
Sente, mas eu não sei o que, e talvez mente.
Tem seu próprio modo, seu próprio caminho.
Habitando em cada olhar um alguém
E assimilar o que sinto, já é tempo perdido
Racional demais, eu já sou um amante ferido.
Sente, mas eu não sei o que, e talvez mente.
Tem seu próprio modo, seu próprio caminho.
Habitando em cada olhar um alguém
E assimilar o que sinto, já é tempo perdido
Racional demais, eu já sou um amante ferido.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Sim, é sobre ti.
Eram pequenos dedos
Um breve toque
Aquela troca
Fraca
Eu roubei, com medo
No breve toque
Mesmo se eu pudesse
Ou dissesse
E soubesse como fazê-lo
Não o faria
Pois é a preguiça
E o medo da injustiça
Mais vazia
A injustiça de amar.
Então eu engulo
Toda palavra imposta
E apenas fagulho
O fogo do ódio
“Que bosta!”
Eu fracasso
Um fracasso que é
Apenas exagero do tentar
O falhar.
Uma pequena falha do sucesso
O não tentar.
Um breve toque
Aquela troca
Fraca
Eu roubei, com medo
No breve toque
Mesmo se eu pudesse
Ou dissesse
E soubesse como fazê-lo
Não o faria
Pois é a preguiça
E o medo da injustiça
Mais vazia
A injustiça de amar.
Então eu engulo
Toda palavra imposta
E apenas fagulho
O fogo do ódio
“Que bosta!”
Eu fracasso
Um fracasso que é
Apenas exagero do tentar
O falhar.
Uma pequena falha do sucesso
O não tentar.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Névoa dos Pampas
Um frio que invade os ossos
Mas aqui o intruso sou eu
Nadando em um mar inóspito
Um mar branco, do verde que morreu
Onde não se espera a noite
Pro orvalho chegar
E sempre é noite
Pro sol brilhar
E não é preciso tabaco
Nem mesmo fogo
Pra ver fumaça dançar
Um vinho de Baco
Um fauno
Faz o corpo esquentar
É a bruma tímida
Que não mostra nem um palmo
E não deixa lúcido
Mesmo o homem mais calmo...
Mas aqui o intruso sou eu
Nadando em um mar inóspito
Um mar branco, do verde que morreu
Onde não se espera a noite
Pro orvalho chegar
E sempre é noite
Pro sol brilhar
E não é preciso tabaco
Nem mesmo fogo
Pra ver fumaça dançar
Um vinho de Baco
Um fauno
Faz o corpo esquentar
É a bruma tímida
Que não mostra nem um palmo
E não deixa lúcido
Mesmo o homem mais calmo...
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Poesias de Amor
Muito sal, muita lágrima,
Mas pouca alma
Pura água... com açúcar
Pouco vinho, muito suco
A mesma velha veia que sugo
Que já cega e seca, nem o musgo
Nem podre ali está
Nem poderia estar
É só a cópia, que tenta
E consigo copula
É apenas uma farsa
Que consegue ser caçula
E que vira fardo, e vira culpa
Se revira, na mesma via
E uma vez mais, tenta...
Mas nunca virá
Mas pouca alma
Pura água... com açúcar
Pouco vinho, muito suco
A mesma velha veia que sugo
Que já cega e seca, nem o musgo
Nem podre ali está
Nem poderia estar
É só a cópia, que tenta
E consigo copula
É apenas uma farsa
Que consegue ser caçula
E que vira fardo, e vira culpa
Se revira, na mesma via
E uma vez mais, tenta...
Mas nunca virá
sexta-feira, 6 de maio de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
Assim Disse O Silêncio
Você sabe o quanto pode dizer um silêncio? O quão insuportável podem ser os gritos de um silêncio?
Mais um ano, desde então, se desmonta,
E toda a repetida engrenagem é mantida
Subindo sem pressa a mesma montanha
Aos trilhos de uma maldita locomotiva.
E mesmo longe, posso ouvir...
nem ecos ou sussurros,
São os gritos que vão me seguir
E surrarão meu futuro.
Menos humano. Desdenhado, nada desaponta
Nem a falha homenagem a uma nova vida,
Tão quanto à fuga da qual se desata
Um certo filho de um maldito motivo.
São os mais altos e eloquentes,
Estes gritos que ainda perseguem
Aqueles vazios consequentes,
Que, inconseqüentes, não conseguem.
Não conseguem ser verbo
E não conseguem morrer
Não podem ser erva
E não podem florir...
Gritam. Tão doloridos, sem clemência
Pois não estão simplesmente a sós
São, na verdade, apenas o silêncio...
O silêncio que ficou entre nós
Mais um ano, desde então, se desmonta,
E toda a repetida engrenagem é mantida
Subindo sem pressa a mesma montanha
Aos trilhos de uma maldita locomotiva.
E mesmo longe, posso ouvir...
nem ecos ou sussurros,
São os gritos que vão me seguir
E surrarão meu futuro.
Menos humano. Desdenhado, nada desaponta
Nem a falha homenagem a uma nova vida,
Tão quanto à fuga da qual se desata
Um certo filho de um maldito motivo.
São os mais altos e eloquentes,
Estes gritos que ainda perseguem
Aqueles vazios consequentes,
Que, inconseqüentes, não conseguem.
Não conseguem ser verbo
E não conseguem morrer
Não podem ser erva
E não podem florir...
Gritam. Tão doloridos, sem clemência
Pois não estão simplesmente a sós
São, na verdade, apenas o silêncio...
O silêncio que ficou entre nós
terça-feira, 1 de março de 2011
Algo sobre Felicidade
Alguns dizem que ser feliz é sorrir sem precisar de motivos.
Digo a estes que a felicidade não está no sorriso, e sim nos motivos.
Digo a estes que a felicidade não está no sorriso, e sim nos motivos.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Mundo quadrado
É viajando por aí que você percebe o quão redondo é o mundo, e quão chata é a saudade.
domingo, 23 de janeiro de 2011
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
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