quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Miragem
Foda-se o que nunca foi, ou o que mais ficou. Eu sempre me apaixonei mais pelo que nunca existiu.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Soneto da Vida Inacabada
Não me venha com esse papo arrombado que não cola.
Se me ver derrubado, nem tente colocar botas num gato.
Porque antes eu já coloquei um coelho na cartola
Não apareça, inocente, pra rimar café com cachaça
Porque não tem a mínima graça, já não amola
Arma boa é o olhar que é mais barato e estilhaça
Certo que nesse mundo eu não morro por alguma magia
Com isso e com tudo eu ando bem mais desconfiado.
O que me dói é a droga de uma hemorragia
E, de tanto aprender, o coração tá mais pra atrofiado
Eu não economizo sentimento nas escolhas certas
Mas... É, o mundo acaba com tudo, a goela aperta...
E você pra onde vai? Direita ou esquerda?
Na corda bamba e ainda quer levar um balde de merda
Se me ver derrubado, nem tente colocar botas num gato.
Porque antes eu já coloquei um coelho na cartola
Não apareça, inocente, pra rimar café com cachaça
Porque não tem a mínima graça, já não amola
Arma boa é o olhar que é mais barato e estilhaça
Certo que nesse mundo eu não morro por alguma magia
Com isso e com tudo eu ando bem mais desconfiado.
O que me dói é a droga de uma hemorragia
E, de tanto aprender, o coração tá mais pra atrofiado
Eu não economizo sentimento nas escolhas certas
Mas... É, o mundo acaba com tudo, a goela aperta...
E você pra onde vai? Direita ou esquerda?
Na corda bamba e ainda quer levar um balde de merda
sábado, 27 de outubro de 2012
Visão
A verdade é que antes de partir,
Eu quero te levar pra qualquer lugar.
Te levar aonde você deseja ir;
E no dia de acordar cedo, madrugar.
E agora prova... E não chora!
Diz que não me quer.
Atreva, se você puder.
Negue todo o sonho que fulgora!
E agora? Olha bem no fundo
No fundo do nosso devir,
Bem no fundo da nossa
Única alma
Única alma…
E agora… Estamos juntos
Trata de me pedir
O que quer que possa
Que li na tua palma
Encontro na tua pele
Algo em comum:
Um coração - que eu penhoro;
E uma alma - que insiste
E eu te conto - como pedes - enfim,
Que somos um.
Desculpa, quando eu choro
Mas eu sou a tua parte triste
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Quando um deus comete suicídio
Ninguém mata o amor de ninguém. A única causa mortis do amor é o suicídio.
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Enquanto o corpo está no porão
"o mais engraçado sobre desejar que tudo se foda, é que isso só é possível porque cada coisa realmente tem um motivo para que ela simplesmente se foda".
sábado, 15 de setembro de 2012
Inviso
Num ataque enfurecido e inesperado ele decidiu que recolheria todas as estrelas naquela noite, e fez mesmo. Prometeu chuva e tempestades. Seus invisíveis músculos estavam terrivelmente cansados, do calcanhar de aquiles até o coração. Nada nunca importa para ele, nem a mínima. Assim reinventou o mundo de todas as cores, fazendo questão de deixar pra trás tudo o que não queria. Até foi numa dessas que deixou pra trás a alma, mas levou consigo outras assombrações. Com frio nos ossos e no âmago. Depois de as peles de se trocarem, preparou a mesa do café para dois. Ajeitou no chão os jornais que falavam sobre um mundo diferente, com fotos desbotadas, entre ele e a poeira, e chamou de cama. Uma cama para uma pele com solidão, suor e cicatrizes. E já deitado ele lembrava de alguma história e de como esses papéis que um dia interpretou rasgam facilmente, enquanto olhava para a linha do horizonte de um ombro pálido, distante, e indiferente, e com as mãos ao redor da chama de uma vela tratou de aquecer seu sangue, rezando pra que ninguém ali perto respirasse muito forte.
domingo, 2 de setembro de 2012
Desmerecido descanso
Não me lembro, não me encontro
Nunca estou pronto,
Nem de perto, nem por dentro
Eu tento, e como eu tento
de tanto eu tremo
Mas estou sempre cansado,
E de cara amassada
E como cansa
Inventar um mundo por dia
Sem causa e sem consequência
Ando tenso, de tanto que tento
E ando meio sem tempo pra isso
Ou penso ou invento um sorriso
E pensar também cansa
Vejo tudo torto
E não suporto
É pesado todo esse descaso.
Eu tremo, quase morto,
Sob o peito, não lembro, preso,
Mas o ritmo deseja e apressa:
O desmerecido descanso
Nunca estou pronto,
Nem de perto, nem por dentro
Eu tento, e como eu tento
de tanto eu tremo
Mas estou sempre cansado,
E de cara amassada
E como cansa
Inventar um mundo por dia
Sem causa e sem consequência
Ando tenso, de tanto que tento
E ando meio sem tempo pra isso
Ou penso ou invento um sorriso
E pensar também cansa
Vejo tudo torto
E não suporto
É pesado todo esse descaso.
Eu tremo, quase morto,
Sob o peito, não lembro, preso,
Mas o ritmo deseja e apressa:
O desmerecido descanso
sábado, 1 de setembro de 2012
Voz de entrelinhas
Ora, pensei que chegaria ontem
Mas hoje estou quase chegando
Até que as horas se acinzentem
Quando os peitos estiverem rasgando
Não dá pra mentir.
Pra chegar, às vezes,
É preciso nunca partir.
Ficar. Sem os talvezes.
Nem um cá e nem um lá
Nascido de nenhum ventre
Sou um vento, o homem sem lar,
À noite durmo entre os sempres
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Um calor frio
Deitado na cama sem camisa
E detido da vontade
Da mão dela em seu peito
Do cabelo dela em seu braço
De suas pernas cruzadas em brasa
De seu cru e branco seio
Na vontade de seus abraços
De seus olhares suspeitos:
"O que ela pensa?
…Eu sei, eu sei"
E detido da vontade
Da mão dela em seu peito
Do cabelo dela em seu braço
De suas pernas cruzadas em brasa
De seu cru e branco seio
Na vontade de seus abraços
De seus olhares suspeitos:
"O que ela pensa?
…Eu sei, eu sei"
quinta-feira, 26 de julho de 2012
sexta-feira, 20 de julho de 2012
A história de uma cova cheia de vazio
Aquele monte de terra gelada pesando sobre o peito.
Às vezes é o abraço mais quente que a gente tem...
terça-feira, 12 de junho de 2012
Fuga
O medo pensa que é poesia
E me narra como herói
Numa vida de maresia
Amarra o falso ao que dói
E só quando o relógio morrer
É que o mesmo anestesia
Tic... Tac... A percorrer
"É lógico!" ele próprio me dizia.
E de repente, repete... Tudo o que quiserem
Desisto... Disto e de tudo, que eu quiser
Quando os grandes desafios chegarem
Estarei distante. De tudo o que eu fizer
E me narra como herói
Numa vida de maresia
Amarra o falso ao que dói
E só quando o relógio morrer
É que o mesmo anestesia
Tic... Tac... A percorrer
"É lógico!" ele próprio me dizia.
E de repente, repete... Tudo o que quiserem
Desisto... Disto e de tudo, que eu quiser
Quando os grandes desafios chegarem
Estarei distante. De tudo o que eu fizer
sábado, 9 de junho de 2012
A Forca
Enquanto minhas cascas se perdem ao redor
de meus passos endiabrados, vai, de sobras a restos, nascendo, como um
sol, a substância nuclear do que me faz, e, ainda assim, não me mostra.
Quando então a encruzilhada não te oferece nem coleira, nem colar.
Apenas a corda. Acorde.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Lua
Nessa brincadeira de repartir olhares
Até, lentamente, descolar nossas mãos
Calados, mergulhados em todos os detalhes
Das camadas, camas e chãos
Daqueles, meus e seus,
Beijos... que se desfazem jamais
E quando o fazem, basta repetir
E mesmo sem dizer adeus, a cada dia mais
Menos quero te deixar partir
Até, lentamente, descolar nossas mãos
Calados, mergulhados em todos os detalhes
Das camadas, camas e chãos
Daqueles, meus e seus,
Beijos... que se desfazem jamais
E quando o fazem, basta repetir
E mesmo sem dizer adeus, a cada dia mais
Menos quero te deixar partir
Nome e Idade
As letras já não rimam com os números
Mas tudo bem, não procure saber
Pois detalhes muito grandes são efêmeros
E também não têm onde caber...
Não sei nem sou
E quando digo que vou
É porque sou onde e quando.
E às vezes eu não sou
Mas não deixo de ser
Pois sou você...
E quando eu for meu nome
Deixarei de crer
Em tudo que podia ser.
E o que você acredita com esmero,
Eu sou, do fundo, do tudo
Mesmo por um segundo, contudo,
Sou onde e quando, um mero
Nada...
Mas tudo bem, não procure saber
Pois detalhes muito grandes são efêmeros
E também não têm onde caber...
Não sei nem sou
E quando digo que vou
É porque sou onde e quando.
E às vezes eu não sou
Mas não deixo de ser
Pois sou você...
E quando eu for meu nome
Deixarei de crer
Em tudo que podia ser.
E o que você acredita com esmero,
Eu sou, do fundo, do tudo
Mesmo por um segundo, contudo,
Sou onde e quando, um mero
Nada...
domingo, 3 de junho de 2012
terça-feira, 8 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
domingo, 22 de abril de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
Meu próprio túmulo
Minha cara, você é como uma flor que só exala seu perfume nas noites frias.
A mim, sinceramente, só me serve para presentear aos mortos.
A mim, sinceramente, só me serve para presentear aos mortos.
domingo, 25 de março de 2012
Aquilo, isto, egoísmo
E aí as pessoas disseram que eu deveria pensar nelas, pois colocaram um
"ismo" no limite do meu ser, e o dicionário diz que isto (ísta) não é bom pro
Ego.
terça-feira, 20 de março de 2012
Batom de Urucum
Nunca pedi,
Mas esqueci
De não fazer questão
De esconder
Que eu não pude
Desprender do abraço
Que aqueci
E me perdi
Sem me defender
E...
Assim me prendi, sem querer
Pensar ou mesmo tentar
Te impedir quando você realizou meus desejos
Depois atrasou o relógio, pra não me encontrar no horário combinado.
Até lembro que dormimos sem cama
Pois se cama houvesse sequer dormiríamos
Demoraria
E no primeiro bocejo, último beijo
Veio o sol
Que ardeu como nossa febre
Mas esqueceu
e aí fui embora
Sem me, a mim ou, te
Despedir
Nunca pedi,
Mas fui embora
Com a lua brilhando
Nos ombros
E um sorriso no (seu) quarto
Minguante
Sempre
Crescente
E você pode até ver meus olhos
Mas não pode ver os seus
E a marca que ficou
Ardeu
Na medida.
Mordeu.
E a mordida
pra sempre sorriu
Mas esqueci
De não fazer questão
De esconder
Que eu não pude
Desprender do abraço
Que aqueci
E me perdi
Sem me defender
E...
Assim me prendi, sem querer
Pensar ou mesmo tentar
Te impedir quando você realizou meus desejos
Depois atrasou o relógio, pra não me encontrar no horário combinado.
Até lembro que dormimos sem cama
Pois se cama houvesse sequer dormiríamos
Demoraria
E no primeiro bocejo, último beijo
Veio o sol
Que ardeu como nossa febre
Mas esqueceu
e aí fui embora
Sem me, a mim ou, te
Despedir
Nunca pedi,
Mas fui embora
Com a lua brilhando
Nos ombros
E um sorriso no (seu) quarto
Minguante
Sempre
Crescente
E você pode até ver meus olhos
Mas não pode ver os seus
E a marca que ficou
Ardeu
Na medida.
Mordeu.
E a mordida
pra sempre sorriu
x
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Tosse
Numa manhã escura, com gosto de noite em claro, sob suspiros de um pulmão doente e outro fumante eu escarro na pia, junto ao sangue um pouco de saudade, que logo se esvai pelo ralo. E como ratos rastejando na imundice, a saudade só se sente em casa quando está no esgoto, pois a tal saudade é assim... Ela é amarga e fede.
Às vezes eu esqueço e de tanta fome que sinto de ti, engulo o catarro. Em minhas veias e vias a saudade está em casa novamente, pois dentro de mim o coração é meu próprio e fiel esgoto.
Cansado até para respirar eu já não luto, apenas sinto, já que este é o desgraçado fato, o destino de uma alma tuberculosa...
Às vezes eu esqueço e de tanta fome que sinto de ti, engulo o catarro. Em minhas veias e vias a saudade está em casa novamente, pois dentro de mim o coração é meu próprio e fiel esgoto.
Cansado até para respirar eu já não luto, apenas sinto, já que este é o desgraçado fato, o destino de uma alma tuberculosa...
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Fumegante
Pra cada estrela que se apaga
Eu acendo um incenso...
A pele atrela e queima sua chaga
Mas mesmo amanhecendo, de sono suspenso
Cada chama espera, dorme e depois apaga
Eu acendo um incenso...
A pele atrela e queima sua chaga
Mas mesmo amanhecendo, de sono suspenso
Cada chama espera, dorme e depois apaga
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Em um Olhar
Um silêncio esvazia o universo.
Um segundo que paralisa as eras,
Como o vento que chega perto
Sussurrando gelado o seu advento...
Mas é o calor do coração que ouço
Em compassos como gritos de feras.
Para depois levar meus olhos a repouso
E tomar do adormecido o seu tempo...
Chegada a hora de seguir um caminho,
A estação de descansar as terras
Em brandos goles do vinho
E fazer da mente meu templo!
Em um olhar, o mundo que se faz parar,
É pura e leve, a imaculada perfeita esfera.
É meu e teu, o sangue que começa a pulsar
No teu olhar...um murmúrio sereno.
Meu templo na tua clara emoção!
Com o brilho da estrela que queres.
O amor vai ninando meu coração
Em um sono eterno, o qual não temo...
Um segundo que paralisa as eras,
Como o vento que chega perto
Sussurrando gelado o seu advento...
Mas é o calor do coração que ouço
Em compassos como gritos de feras.
Para depois levar meus olhos a repouso
E tomar do adormecido o seu tempo...
Chegada a hora de seguir um caminho,
A estação de descansar as terras
Em brandos goles do vinho
E fazer da mente meu templo!
Em um olhar, o mundo que se faz parar,
É pura e leve, a imaculada perfeita esfera.
É meu e teu, o sangue que começa a pulsar
No teu olhar...um murmúrio sereno.
Meu templo na tua clara emoção!
Com o brilho da estrela que queres.
O amor vai ninando meu coração
Em um sono eterno, o qual não temo...
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Olhares
Mesmo de longe, por um ou dois segundos
Nessa curteza de tempo e noção de espaço
Na incerteza e na profundeza. Era terrível segredo...
Agora não finge. Finge não ter emoção. Desregre!
Que eu finjo seguros os meus irreversíveis passos.
Nessa curteza de tempo e noção de espaço
Na incerteza e na profundeza. Era terrível segredo...
Agora não finge. Finge não ter emoção. Desregre!
Que eu finjo seguros os meus irreversíveis passos.
Prato do Dia
A receita pra viver eu já decorei. Mas hoje eu esqueci uma panela no fogo... E o sangue ferveu.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Estima
Eu saí só pra procurar um rumo
E aí o destino prostou rumores
De que você esteve naquela rua
Provando a estesia que eu arrumo
E aí o destino prostou rumores
De que você esteve naquela rua
Provando a estesia que eu arrumo
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Atrasado
Eu desisti de você
Mas ligue-me se quiser.
Não há como assombrar
Um amor que está atrasado...
Mas ligue-me se quiser.
Não há como assombrar
Um amor que está atrasado...
sábado, 28 de janeiro de 2012
Eu te amo, mas não te posso.
É difícil escrever para ela... Quando não sei bem o que sentir. Aí, meio sem voz, eu só digo sobre os gatos que a gente tem, ou a flor que eu não reguei. Enquanto penso que poderia ter segurado aquela mão, contado sobre as constelações que eu conheço.
Sabe como eu sou, ela até dá brechas, mas sou claustrofóbico demais para conseguir aproveitá-las.
Sabe como eu sou, ela até dá brechas, mas sou claustrofóbico demais para conseguir aproveitá-las.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Meu amor, por favor, não espere acordada
Uma canção de amor é só o que eu queria escrever
Mas o que sempre deixo são esses bilhetes suicidas
Que eu colo na geladeira, pra te avisar a hora que eu voltarei.
E eu te traria flores, mas elas estavam apodrecidas,
Então trouxe um pouco de poeira, da qual nunca mais encontrarei
Que fui buscar em uma estrela com seu nome, venha ver...
Mas o que sempre deixo são esses bilhetes suicidas
Que eu colo na geladeira, pra te avisar a hora que eu voltarei.
E eu te traria flores, mas elas estavam apodrecidas,
Então trouxe um pouco de poeira, da qual nunca mais encontrarei
Que fui buscar em uma estrela com seu nome, venha ver...
domingo, 15 de janeiro de 2012
Errar é Libertar
E a dor que ele mais sentia
Era a dor de ser errado
Mas o maior erro que ele cometia
Era o de ser masoquista.
Era a dor de ser errado
Mas o maior erro que ele cometia
Era o de ser masoquista.
Quimera
É quando venta
Que os fantasmas pensam tocar seus cabelos
E quando venta
É que eu posso sentir o seu perfume...
Que os fantasmas pensam tocar seus cabelos
E quando venta
É que eu posso sentir o seu perfume...
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Ressaca
Elas vão
E voltam com violência
Afogo-me
Em vão
Pois elas voltam sem clemência
Respiro
E elas ínvadem meu pulmão
Tento nadar
Elas me levam às profundesas pela mão
São as ondas em uma tempestade
Que levam para a margem o meu corpo...
As lembranças que eu beijo dentro do copo.
E voltam com violência
Afogo-me
Em vão
Pois elas voltam sem clemência
Respiro
E elas ínvadem meu pulmão
Tento nadar
Elas me levam às profundesas pela mão
São as ondas em uma tempestade
Que levam para a margem o meu corpo...
As lembranças que eu beijo dentro do copo.
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