Mais uma noite acordado
Com a corda no pescoço.
Eu esboço mais uma nota
De um grande esforço:
Que um dia livrará
Meu franco amor
De mais uma morte:
Do fraco na forca,
O feito do forte,
A alvorada do perdoado.
Uma parte do livro
No pêndulo do feitio
Que é devorada
Pelo vazio:
"O Capítulo do Silêncio"
É assim que eu chamo
A página em branco
Na qual que digo que te amo.
domingo, 30 de outubro de 2011
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Quebre
Antitética
A rima poética
A rima poética
Gramática e estética
Eruditização
A fala da cética
O discurso de dialética
Se horroriza, é feia e esquelética,
Quebre.
domingo, 23 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
A outra respiração
E agora ouvia seu coração. O meu não. Mas é só, então. Pois assim como ela dormia, eu, acordado, apenas sonhava.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Um pássaro que não voa
Onírico e tédio se misturam,
Meus olhos não fecham,
Mas estou num nível médio e turvo
Onde o óbvio se afrouxa.
Sua invisível imagem se aproxima,
Graciosamente evanesce.
Cai o véu do mundo, prostíbulo.
A socrática mente envaidece.
Despeça-se com um beijo ao menos
Antes de despedaçar o mundo que vejo.
Seja o antídoto destes venenos obscenos!
Ceife minhas asas em seu primeiro voejo!
Meus olhos não fecham,
Mas estou num nível médio e turvo
Onde o óbvio se afrouxa.
Sua invisível imagem se aproxima,
Graciosamente evanesce.
Cai o véu do mundo, prostíbulo.
A socrática mente envaidece.
Despeça-se com um beijo ao menos
Antes de despedaçar o mundo que vejo.
Seja o antídoto destes venenos obscenos!
Ceife minhas asas em seu primeiro voejo!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Definitivo
É um limite que não se desfaz
Nem também se defende.
Me faz e determina fugaz.
É a fuga destes defeitos.
Sempre às beiras, de maneira
que eu não prove nem suporte.
Serpea minha alma inteira,
Foge e me deixa com fome,
A morte...
Nem também se defende.
Me faz e determina fugaz.
É a fuga destes defeitos.
Sempre às beiras, de maneira
que eu não prove nem suporte.
Serpea minha alma inteira,
Foge e me deixa com fome,
A morte...
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
feito com amor
se eu fosse alguém
desenharia uma história colorida
onde estaríamos eu e você
desenhando nossas vidas
perdendo o tempo como crianças
rindo da cara um do outro
e fodassilizando nossas impressões
se algo na vida tivesse sentido
fosse isso
fosse um desenho grande num papel gigante
donde estaríamos desenhando uma história colorida
onde leríamos a nós dois e contaríamos histórias
onde rabiscos nada mais fossem
do que rabiscos
for little old bode
Desabraço
Envolve, embrulha, acaricia,
Mas dissolve, farfalha
E enfim diferencia.
Entoando sussurros
Que, sem falha,
Sucintos e sorrateiros,
Eternamente soarão
Como uma costura,
À minha postura
No escuro.
Mas dissolve, farfalha
E enfim diferencia.
Entoando sussurros
Que, sem falha,
Sucintos e sorrateiros,
Eternamente soarão
Como uma costura,
À minha postura
No escuro.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
não pergunte para mim
tudo o que houver de ruim será assimilado
todo o feio, o errado, o torto, os azares
tudo o que causar nojo ou repulsa
será tomado como inspiração
naquilo que a perversão se debruçar
seremos fiéis seguidores, semeando o horror
em tudo o que o caos molhar o dedo,
aí, meu caro, teremos deleite
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Beijo
Sua sede,
Sucessiva, quase suave
Sê... Repete.
Repele, mas volta.
Envolve, engole.
Morde, mora
Vai embora,
Pelas beiras
De um beijo...
Incessante, insaciável.
Sucessiva, quase suave
Sê... Repete.
Repele, mas volta.
Envolve, engole.
Morde, mora
Vai embora,
Pelas beiras
De um beijo...
Incessante, insaciável.
domingo, 2 de outubro de 2011
sábado, 1 de outubro de 2011
Você errou... Amigo.
Eu nunca te falaria.
Mil vezes falar sozinho,
com uma ou duas garrafas,
como faço agora.
Mas não, eu nunca confessaria.
Eu nunca extrapolaria
o limiar da egolatria.
Nunca suportaria
Ser uma semente definhada.
Mas o que então eu já sou?
Uma causa findada?
Eu prefiro deixar pistas
Encontre-me na sarjeta.
Enquanto mais à esquerda
Um coração agoniza
De fato não és uma antiga amizade
Nem a linfática cantiga de sinceridade
Mas sim o que causa essa saudade
É de pouca idade, essa sensibilidade
Mil vezes falar sozinho,
com uma ou duas garrafas,
como faço agora.
Mas não, eu nunca confessaria.
Eu nunca extrapolaria
o limiar da egolatria.
Nunca suportaria
Ser uma semente definhada.
Mas o que então eu já sou?
Uma causa findada?
Eu prefiro deixar pistas
Encontre-me na sarjeta.
Enquanto mais à esquerda
Um coração agoniza
De fato não és uma antiga amizade
Nem a linfática cantiga de sinceridade
Mas sim o que causa essa saudade
É de pouca idade, essa sensibilidade
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