Acompanhava-me entre sombras trêmulas
Um fantasma que dizia:
“Certo coração descansava neste túmulo
Colhera doces frutos a mais de dúzias
Cantava coloridos sonhos e fábulas
Até conhecer uma dama que conduzia
E hasteava suas danças às flâmulas...
Mas depois o coração não mais sorria.”
Curioso eu me debatia...
Aos portões parei, com medo
Se eu cruzasse, o que aconteceria?
Eu não pretendia morrer tão cedo
Mas a graça acaricia
Intimida com uma espada torta
Esbofeteia com a mão macia
Aquele que não se importa
Andei dois passos traiçoeiros
Pude voar no terceiro
Pois avistei a beleza
De uma oitava grandeza
Duas estrelas brilhando
Num negro céu de outono
E um par de lábios sorrindo
Envoltos em traços patronos
A mão eu estendi
Uma dança aceitou
Quando uma palavra recitou
Uma música eu entendi
Então ao fantasma agradeci
Os olhos de archote eu fitei
E às chamas me lancei
Assim minha dúvida logo sanei
Quando um beijo a pedi...
E como fantasma acompanharei
A doce morte que mereci
sexta-feira, 26 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
Ego sum vermis, et non homo
EGO SUM
A ignorância,
O preconceito,
A superstição,
A tradição,
A hipocrisia,
O dogma,
O fanatismo,
O vício,
A preguiça,
A futilidade,
O orgulho,
A mentira,
O ciúme,
A intemperança,
O desrespeito,
A discórdia,
A crueldade,
A dominação
E os privilégios.
D-Luan-H
A ignorância,
O preconceito,
A superstição,
A tradição,
A hipocrisia,
O dogma,
O fanatismo,
O vício,
A preguiça,
A futilidade,
O orgulho,
A mentira,
O ciúme,
A intemperança,
O desrespeito,
A discórdia,
A crueldade,
A dominação
E os privilégios.
D-Luan-H
Eis uma velharia inacabada, uma escultura de carne e osso, um espelho para todos, e um autorretato para mim. O que é humano!
"Ego autem sum vermis et non homo obprobrium hominum et abiectio plebis
Omnes videntes me deriserunt me locuti sunt labiis moverunt caput"
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